O PROBLEMA
Vivemos a 6ª extinção em massa desde que a Terra de formou há 4.5 biliões de anos.
Um declínio global na biodiversidade acentuado nas últimas décadas, causado em grande parte por uma utilização excessiva dos recursos naturais, como por exemplo, pela desflorestação massiva, quer para a agricultura intensiva, quer para a criação intensiva de gado, e pela delapidação dos stocks de peixe nos oceanos para alimentar mercados por todo o mundo. Em ambos os casos, com o ser humano como único responsável.
Estamos a destruir a Amazónia, as florestas primárias do Sudeste Asiático, os oceanos, os rios, as calotas polares, etc.
Por todo o mundo, as florestas tropicais e os seus grandes rios, os seus afluentes, pântanos e manguezais, são essenciais para o alimento dos peixes a nível global e decisivos nos ciclos dos oceanos, já para não falar de todos os importantes serviços ambientais que nos prestam.
A desflorestação massiva destas florestas mina estes equilíbrios sensíveis. Em simultâneo, os excedentes libertados pela agricultura e criação de gado intensivas alteram os solos e envenenam cada vez mais os rios que por sua vez, juntamente com a poluição atmosférica que estes absorvem, destroem os mares. E sem oceanos saudáveis não há oxigénio na Terra.
Em paralelo, o aquecimento da atmosfera provocado pela ação do ser humano faz desaparecer o gelo nos polos. Por sua vez, esse degelo massivo aumenta dramaticamente as emissões de metano, um gás de efeito estufa que provoca a aceleração do aquecimento do planeta e que é igualmente libertado em quantidades avassaladoras pela criação intensiva de gado, agricultura e pela grande pegada carbónica do uma sociedade consumista.
Damos assim vida a um círculo vicioso descendente, que se retroalimenta e nos poderá levar à extinção coletiva.